sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Boa Tarde, Clientes e Amigos.

Você conhece a Farinha de Maracujá? 


A farinha de maracujá é feita a partir da casca de maracujá que é triturada e, assim como a linhaça, vira uma farinha, apresentando uma alta concentração de fibras solúveis e insolúveis. A sua fibra solúvel é conhecida como pectina e, ao ser ingerida pelo organismo, forma um gel que dificulta a absorção de gorduras, já os benefícios da fibra insolúvel são para a regulação do intestino, prisão de ventre e até prevenção de alguns tipos de câncer. As fibras insolúveis também tem o efeito hipoglicêmico, diminui a taxa de açúcar no sangue, controla o colesterol e elimina toxinas que ficam acumuladas no organismo.

Receita Pão com Farinha de Maracujá 

Ingredientes


1 copo de água
1 ovo
1 colher (chá) de sal
2 colheres (sopa) de óleo vegetal
2 colheres (sopa) de adoçante dietético para culinária forno e fogão
2 copos de farinha de trigo especial
3 colheres (sopa) de farinha de maracujá
1 copo de farinha de centeio
¼ copo de sementes de linhaça
2 e ½ colheres de chá de fermento biológico seco instantâneo
Modo de preparo

Coloque primeiro todos os ingredientes secos e misture. Acrescente depois os demais ingredientes e misture até formar uma massa firme e homogênea. Reserve por 20 minutos para que cresça. Coloque em forma própria para pão e asse em forno médio por aproximadamente 50 minutos.











sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Dicas de como fazer compras sustentáveis


Dicas de como fazer compras sustentáveis


Com pequenos cuidados é possível evitar o desperdício de alimentos já na etapa de compras 60% do lixo brasileiro é composto de materiais orgânicos. Parte dessa quantidade é de fato lixo, que pode passar por processos de compostagem, voltando a fazer parte do ciclo. Porém, parte dessa quantidade são alimentos que poderiam ter sido aproveitados antes de estragarem.
A situação é ainda mais grave quando se pensa que 65,8 milhões de brasileiros vivem em insegurança alimentar, que é a falta de acesso a alimentos. Além disso, 16% das crianças abaixo dos seus anos de idade são desnutridas.
Por isso, evitar o desperdício de alimentos é necessário não só para o meio ambiente, mas também para uma melhor qualidade de vida para a população.

Confira 10 dicas de como tornar o consumo de alimentos mais sustentável:

1. Só compre aquilo que realmente necessita. Fazer uma lista antes de ir ao mercado e comprar os itens anotados é uma maneira de não desperdiçar. Cuide também com as quantidades, para que os alimentos não estraguem antes de serem consumidos. O mesmo vale para itens não alimentícios, como roupas e eletrônicos – pense bem antes de escolher. Itens parados são caros para o meio ambiente.

2. Tente se informar sobre as marcas que consume, para verificar se os processos de produção são éticos e justos, assim como o preço praticado.

3. Quando comprar carnes, opte por comprar em açougues ou balcões de supermercado. As bandejas usam isopor, material prejudicial ao meio ambiente. Além disso, as embalagens prontas escondem uma parte da carne, que pode não ser de boa qualidade. Por fim, as bandejas não permitem a escolha exata da quantidade de carne adquirida, o que pode gerar desperdícios de alimento.

4. Pães frescos, de padaria, são menos prejudiciais ao meio ambiente que pães industrializados, que são embalados em plásticos e necessitam de mais transporte.

5. Quando um item é consumido em maior quantidade, opte por comprar embalagens maiores do que várias menores. Além de possivelmente economizar dinheiro, as embalagens maiores são mais econômicas para o transporte e produzem menos lixo.

6. Tente usar uma garrafa de água reutilizável, ao em vez de comprar várias embalagens. Além de evitar o uso e descarte das embalagens, a troca evita os os danos que a produção e transporte das embalagens causam no meio ambiente.

7. Opte por produtos com poucas embalagens, ou com embalagens de papel ao invés das de plástico, que são mais difíceis de serem recicladas.

8. Opte sempre que possível por alimentos frescos, ao invés daqueles que passaram por processos indústrias, evitando todo o tipo de gasto envolvido no processo, como energia, recursos naturais, transporte e embalagens.

9. Evite deixar alimentos se estragarem. Frutas podem ser usadas em bolos e geléias, enquanto verduras podem ser usadas em conservas, mantendo os alimentos por mais tempo.
10. Tente fazer somente a quantidade de comida necessária para aquela refeição, e reutilize as sobras.
O site Love Food, Hate Waste indica as quantidades necessárias de alimentos por pessoa e dá dica de como utilizar determinados alimentos.

Fonte: Gisele Eberspacher –
Site: Atitude Sustentável

sábado, 26 de março de 2011






Hoje é o dia mundial do chocolate.

O chocolate vem sido usado como bebida desde o começo de sua história. A civilização maia cultivava o cacau em seus quintais. Das sementes, fazia-se uma bebida amarga chamada xocoatl, geralmente temperada com baunilha e pimenta. O xocoatl, acreditava-se, combatia o cansaço.
Documentos a respeito dos hieróglifos maias dizem que o chocolate era usado tanto para fins cerimoniais como no cotidiano.
Na América Central pré-colombiana, grãos de cacau eram usados como moeda. Todas as áreas conquistadas pelos astecas eram obrigadas a plantar cacau e pagar um imposto em grãos.
Mas os europeus só foram apresentados a esse grão após a derrota dos astecas por Cortez, no século XVI, quando passou a ser consumido pelas cortes europeias na forma de bebida. Para acompanhar a demanda da novidade, o exército espanhol começou a cultivar o cacau em plantações na América, usando o trabalho de escravos nativos. Na Europa, apenas a realeza e os ricos podiam se dar ao luxo de consumir o caro produto importado. Na Inglaterra, a primeira chocolataria foi inaugurada em Londres, em 1657. Em 1689, na Jamaica, o famoso médico e colecionador Hans Sloane desenvolveu uma bebida à base de leite com chocolate que foi inicialmente usada por boticários, mas mais tarde vendida para os irmãos Cadbury. A Espanha passou a cultivar o cacau em plantações, com mão-de-obra africana escravizada.
Por centenas de anos, o processo de fabricação do chocolate permaneceu o mesmo. Quando a Revolução Industrial chegou, muitas mudanças ocorreram e trouxeram o alimento para a forma em que o conhecemos hoje. No século XVIII, máquinas de espremer manteiga de cacau foram criadas. Isso ajudava a fazer um chocolate mais consistente e durável. A partir daí, o consumo do chocolate foi popularizado e espalhado pelo mundo todo.

Saúde
Apesar de o chocolate ser geralmente consumido por prazer, há alguns efeitos positivos para a saúde na ingestão do alimento. O cacau ou o chocolate amargo, por exemplo, são benéficos para o sistema circulatório. Outros efeitos incluem as propriedades anticancerígenas, estimulantes cerebrais e a capacidade de curar diarreias, entre outros. As propriedades afrodisíacas dos chocolates ainda não foram comprovadas.
Um estudo da BBC indicou que um chocolate derretendo na boca de uma pessoa causa um aumento na atividade cerebral e nos batimentos cardíacos que é mais intenso do que o associado a beijos apaixonados, e que duravam quatro vezes mais tempo após o término na atividade.

Efeitos no sistema circulatório
Estudos recentes sugerem que o cacau e o chocolate amargo podem surtir certos efeitos benéficos na saúde humana. O cacau possui uma considerável ação antioxidante. Outros estudos também observaram que ocorre uma pequena diminuição na pressão sangüínea após o consumo diário de chocolate amargo. Existe até mesmo uma dieta, a "Dieta do Chocolate", que sugere a ingestão de cacau e chocolate em cápsulas. No entanto, o consumo de chocolate ao leite ou chocolate branco, ou beber chocolate amargo com leite gorduroso, parecem anular o benefício na saúde. Na verdade, quantidades pequenas e regularmente ingeridas de chocolate reduzem o risco de ataque cardíaco.

Afrodisíaco
A cultura romântica considera o chocolate um afrodisíaco. As famosas qualidades afrodisíacas do chocolate estão geralmente associadas ao simples prazer sensual de seu consumo. Além do mais, a natureza doce e gordurosa do chocolate estimula o hipotálamo, induzindo sensações prazerosas e elevando o nível de serotonina. Apesar de a serotonina ter efeitos prazerosos, em excesso pode ser convertida em melatonina, que, por sua vez, reduz a libido. Finalmente, o chocolate tem substâncias que podem ativar receptores canabinóides, o que causa sensações de sensibilidade e euforia.

Valor nutritivo
O chocolate é um alimento muito nutritivo. Contém proteínas, gorduras, cálcio, magnésio, ferro, zinco, caroteno, vitaminas E, B1, B2, B3, B6, B12 e C.
Estudos recentes sugerem a possibilidade de o consumo moderado de chocolate preto e amargo trazer benefícios para a saúde humana, nomeadamente devido à presença de ácido gálico e epicatecina, flavonóides com função cardioprotetora. Sabe-se que o cacau tem propriedades antioxidantes. O chocolate constitui ainda um estimulante devido à teobromina, embora de fraca capacidade. O chocolate também possui cafeína e sua ingestão faz com que o corpo libere neurotransmissores como a endorfina.


Alfarroba


A alfarroba, também designada por "chocolate saudável"

A alfarrobeira é uma árvore selvagem, nativa da costa do Mediterrâneo. A alfarroba é sua vagem comestível, semelhante ao feijão, de cor marrom escuro e sabor adocicado, utilizada pela indústria de alimentos na produção de gomas e espessantes.

O pó ou farinha de alfarroba derivado da polpa da vagem torrada e moída é utilizado para substituir o cacau. Esse pó, contudo, possui expressiva diferença em relação ao cacau no conteúdo de açúcar e de gordura. Enquanto o cacau possui até 23% de gordura e 5% de açúcar, a alfarroba possui 0,7% de gordura e um alto teor de açúcares naturais (sacarose, glicose e frutose), em torno de 38 a 45%.

A alfarroba é um alimento saudável e de elevado valor nutritivo. Contém vitamina B1- colaboradora para o bom funcionamento do sistema nervoso, músculos, coração e melhora na atitude mental e o raciocínio - tanto quanto o aspargo ou morango, a mesma quantidade de niacina (mantém a boa condição da pele) do feijão fava, lentilha e ervilha, e mais vitamina A, que é essencial para o crescimento dos ossos e dentes, vitalidade da pele e saúde da visão, do que a berinjela, o aspargo e a beterraba. Possui ainda alto teor de vitamina B2 (responsável por extrair energia de gorduras, proteínas e carboidratos no nosso corpo), cálcio, magnésio e ferro, bem como um correto balanceamento de potássio e sódio.

A alfarroba não possui qualquer agente alergênico ou estimulante tais como a cafeína e teobromina presentes no cacau. Embora apresente um alto teor de açúcares possui um baixo conteúdo calórico devido à quantidade quase imperceptível de lipídeos (gorduras) e alta quantidade de fibras naturais. O efeito benéfico dessas fibras naturais na flora intestinal se dá pela proteção da membrana mucosa do intestino, bem como pela redução significativa da incidência de diarréias indefinidas, desordens nutricionais e incidência de úlceras.

Estudo recentes mostraram que a alfarroba não contém glúten e possui potencial antioxidante muito elevado, semelhante ao do azeite e superior ao do vinho, o que leva os investigadores a acreditarem que os compomentes do fruto pode ser úteis no combate aos radicais livres e doenças crônicos-degenerativas.

Também reduz efetivamente a assimilação da ingestão diária do excesso de colesterol, devido ao seu teor e qualidade das fibras. Seu poder na redução do colesterol do sangue é o dobro de outras fibras.

sábado, 5 de março de 2011

A ação dos Minerais no equilíbrio dos hormônios e manutenção da juventude

Os hormônios são mediadores químicos, que controlam todo o funcionamento de nosso organismo. Com a idade, após os 35 anos, as glândulas endócrinas, produtoras dos hormônios, inexoravelmente diminuem sua produção, causando uma correspondente queda nas funções controladas pelos hormônios.

Os hormônios caem com o tempo, mas eles não caem porque envelhecemos, nós envelhecemos porque eles caem. Sendo assim, é fundamental que adiemos a queda da produção dos hormônios e estimulemos a produção dos mesmos, otimizando o desempenho funcional, desacelerando o envelhecimento, prevenindo as doenças, aumentando a qualidade de vida e longevidade.
Os minerais e as vitaminas são fundamentais para o processo de otimização da produção e ação hormonal. Alguns exemplos:
Tireóide:
Os hormônios dessa glândula controlam a velocidade e o ritmo que o corpo funciona. Cansaço, ganho de peso, desânimo, queda de cabelos, unhas fracas, baixa libido, prisão de ventre e ressecamento da pele são os principais sintomas da queda funcional dessa glândula.
Os Minerais Selênio e Zinco auxiliam na conversão do pré-hormônio tireoidiano tiroxina em seu correspondente ativo a Tirosina (T3).
O Iodo é a matéria prima para a produção do hormônio tireoidiano.
As vitaminas do complexo B, com o apoio dos minerais, auxiliam os receptores celulares dos hormônios tireoidianos a entrarem nas células alvo.

Supra renal:
As vitaminas do complexo B, com o auxílio dos minerais, auxiliam a produção adequada dos hormônios Cortisol, Dihidroepiandrosterona etc., auxiliando no controle do estresse e nas defesas do organismo através do sistema imunológico.

TPM:
Mais de metade das mulheres em idade reprodutiva sofre de Tensão Pré-Menstrual com cólicas, ansiedade, depressão, irritabilidade, cansaço, inchaços, compulsão por doces e dor nas mamas.
Para diminuir esses sintomas, além de exercícios físicos, diminuição de cafeína, chocolate e bebidas alcoólicas, recomenda-se a suplementação com Magnésio, Cálcio, Selênio, Zinco, Vitamina B6 e Vitamina E, principalmente.

Menopausa:
Os minerais exercem um papel fundamental nessa fase da mulher, onde ocorre abrupta queda hormonal e funcional como, enfraquecimento dos ossos, insônia, irritabilidade, cansaço, baixa libido, enfraquecimento de cabelos e unhas, depressão, fogachos etc.
A reposição hormonal indicada hoje em dia é com Hormônios Bioidênticos, que possuem estrutura molecular idêntica aos hormônios do organismo, sendo portanto mais naturais e seguros, não aumentando o risco de efeitos colaterais, principalmente o câncer.
A reposição hormonal bioidêntica é otimizada na presença de quantidades adequadas de minerais. Portanto, para a eficácia dos hormônios em qualquer fase da vida, são necessárias quantidades adequadas de minerais para saúde, longevidade e qualidade de vida.
Fonte: Mundo Verde - Março 2011 - Dr. Jorge Jamili - Presidente da Regional Sudeste do Colégio Brasileiro de Medicina Antienvelhecimento e Professor da pós-graduação de Medicina Antienvelhecimento da UNIP



quinta-feira, 3 de março de 2011


Castanha do Pará

Muitos já devem ter ouvido falar que comer duas castanhas por dia faz bem. Mas vocês sabem por que?
A castanha do Pará é rica em selênio, um mineral que tem ação antioxidante, assim como as vitaminas C e E, entre outras substâncias. Isso quer dizer que ele ajuda a proteger as nossas células da ação de radicais livres, os quais estão associados a doenças crônico-degenerativas, auto-imunes, infecciosas e inflamatórias, podendo tanto ser causa quanto consequência destas. Além disso, como ajudam a combater a destruição celular, os antioxidantes previnem o envelhecimento.
E por que duas castanhas já nos faz tão bem? Porque pode chegar a conter a quantidade máxima de selênio que podemos consumir em um dia.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

OS BENEFÍCIOS DAS SEMENTES DE CHIA




As sementes de chia são um dos alimentos mais poderosos, funcionais e nutricionais do mundo, porque são uma excelente fonte de fibra, com antioxidantes e minerais, e a fonte vegetal conhecida mais rica em ômega 3. Ainda mais rica do que a Quinua, por exemplo.
Estas sementes são originárias da planta do deserto Salvia Hispanica, da família da menta, no sul do México. Há sementes cinzentas, castanhas, pretas e brancas. A variedade de sementes brancas é designada como Salba.
As sementes de chia eram um componente das dietas aztecas e maias. A chia representava a ração de sobrevivência dos guerreiros aztecas. Os aztecas pagavam os seus impostos com estas sementes que eram, também, usadas como moeda.
Hoje em dia, estudos científicos provam que a chia proporciona grande número de nutrientes interessantes, de tal modo que esta semente mágica está sendo redescoberta pelos nutricionistas, e com isso ganhando rapidamente uma enorme popularidade.
Atualmente a chia é cultivada para fins comerciais no México, Argentina, Bolívia, Peru e Colômbia.
A chia pertence, como o psílio e a linhaça, às sementes mucilaginosas. Estas sementes são ricas em mucopolis-sacarídeos e constituem uma excelente fonte de fibras alimentares solúveis e insolúveis. São os mucopolissacarídeos solúveis que formam um gel mucoso incolor à superfície das sementes, quando entram em contacto com a água. Quando coloca-se uma porção de sementes de chia em um copo de água, constata-se que após alguns minutos (aproximadamente 30 minutos) o copo está cheio com um tipo de gel pectinoso. Estas mucilagens são benéficas para os intestinos. Este gel, ou gelatina, é criado devido à fibra solúvel que contém. Pesquisadores acreditam que este mesmo gel é o fenômeno que ocorre no estômago quando a comida contém este tipo de fibra pegajosa conhecida como mucilagem. O gel criado, quando ingerido, produz uma barreira física, que divide as enzimas digestivas dos carboidratos, isto faz uma lenta conversão de carboidratos em açúcar. Tende a fazer uma digestão lenta e mantém os níveis de açúcar no sangue, a qual pode ser útil na prevenção e controle da diabetes.
Fácil de digerir, a absorção de água na “chia” é uma ajuda importante para a digestão humana. A Chia” amolecida n’água é melhor absorvida e digerida. Em 1997 um Turahumara de 52 anos ganhou a Maratona Nike de 100 milhas, calçando somente suas sandálias feitas em casa.
Por que a semente de “chia” é um alimento de alta energia e resistência? A “chia” é uma completa fonte de proteínas, proporcionando todos os aminoácidos essenciais. Comparada com outras sementes, a de “chia” provê a mais alta fonte de proteínas; entre 19 e 23 por cento do seu peso é proteína. Uma das maravilhas, somente encontrada na “chia”, é a sua habilidade de absorver mais de 12 vezes seu peso de água. Esta habilidade de segurar água, pode prolongar hidratação e retenção de eletrólitos em fluidos do corpo, especialmente durante esforços.




Fonte: Wikipedia

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Matéria publicada na revista Pais e Filhos de julho.

Não contém glúten


Seu filho não ganha peso e vive com problemas intestinais? Pode ser doença celíaca, uma intolerância alimentar que impede a criança de comer o tal do glúten, substância presente no trigo, no centeio e em outros cereais.


por Cíntia Marcucci, filha de Mariza e Emiliano


Uma diarreia que não se resolve com nada, a criança não ganha peso nem estatura e, por mais nutritiva que sejam suas papinhas e receitas, ela continua com um jeito de quem não come nada. Pode parecer teoria da conspiração, mas o problema pode ser justamente o substancioso pãozinho ou aquele inocente mingau que contém glúten. Você já deve ter reparado nos rótulos dos alimentos as frases “não contém glúten” ou “contém glúten” e deve imaginar que é porque tem gente que não pode ingerir essa substância. Só que poucas pessoas conhecem de fato o problema e como funciona a vida de quem convive com ele. E, sim, mesmo que nem você nem o pai (ou a mãe) tenha nenhum problema, pode ser que um filho venha a ter.
A doença celíaca é de origem genética – você pode portar o gene e não desenvolver nada, mas transmiti-lo a seus descendentes. Ela é uma intolerância alimentar, e os celíacos não podem consumir nada que contenha glúten, uma proteína encontrada no trigo, no centeio, no malte e na cevada. Como não há cura nem medicação, estão cortados para sempre da alimentação a maioria dos pães, massas e biscoitos comuns. Horrível? Num primeiro momento, parece que sim, mas a gente conversou com vários especialistas e garante: com tratamento seguido corretamente, o celíaco tem uma vida completamente normal, sem outras restrições.
Descobrimos também que há várias alternativas culinárias para fazer maravilhosos quitutes sem glúten. Quer um exemplo daqueles que aliviam? Pão de queijo está liberado. Feito com polvilho, que vem da mandioca, não tem nada de glúten na fórmula.
Por mais que ainda seja pouco conhecida, a doença celíaca é mais comum do que parece: nos Estados Unidos afeta uma em cada 130 pessoas, de acordo com matéria publicada na revista Parents. Por aqui, uma pesquisa desenvolvida pela Unifesp em São Paulo, publicada em 2007, analisou 3.000 doadores de sangue saudáveis e avaliou que pelo menos 1 em cada 214 pessoas da amostra tiveram diagnóstico positivo.
Além disso, como os sintomas são bem diversos, e às vezes não são percebidos, tem gente que passa muito tempo, até a vida toda, sem saber que é celíaco. Na maioria dos casos, porém, as manifestações ocorrem ainda na primeira infância. Entre os mais comuns estão aqueles que a gente citou no início da matéria: diarreia, vômitos, crescimento abaixo do normal, barriga inchada e anemia que não se resolve.

Solução na comida

Foi por conta desses sintomas que Péricles Marques, pai de Marcos Vinícius, Tiago e Guilherme, decidiu averiguar o que estava acontecendo com seu filho mais velho. Marcos Vinícius foi diagnosticado como celíaco com 1 ano e meio. Era o início dos anos 80 e seus pais tiveram um trabalhão para adaptar a dieta: era ler rótulo por rótulo em busca de ingredientes que pudessem ter glúten. Tinha pouca coisa especial e as empresas só foram obrigadas a colocar a mensagem “não contém glúten” nos produtos a partir de 1992.
“Foi só começar a dieta que ele ganhou peso, recuperou a cara saudável e tudo. Eu, minha mulher e meus outros filhos fizemos os testes, mas ninguém tem a propensão à doença e não sei de ninguém da família que tivesse sido diagnosticado como celíaco antes”, explica Péricles, que hoje preside a Associação dos Celíacos do Brasil (Acelbra). Um dos trabalhos da associação é auxiliar na divulgação da doença e auxiliar as famílias de crianças e pessoas no primeiro momento em que são diagnosticados.
O chato quando há mais crianças em casa e só uma tem a doença celíaca é que a supervisão precisa ser multiplicada. Além de tomar conta da alimentação do celíaco, é preciso cuidar para que a comida dos outros, com glúten, não se misture. Às vezes, um farelinho de pão comum que fica na faca da manteiga já é o suficiente para furar a dieta e causar uma crise no doente.
Se a criança já está em fase escolar, a dica é colocar um olho na lancheira do filho e outro na dos colegas. Nessa fase é comum o trocatroca de quitutes, e o pequeno não entende ainda por que não pode comer o que todo mundo come. Uma conversa com a professora, pedindo que ela supervisione mais de perto a criança é bem importante. “Uma boa dica é que a mãe tente reproduzir ao máximo o que os amiguinhos comem, com receitas adaptadas ou produtos similares especiais; assim, a criança não se sente isolada”, ensina a nutricionista da Unilever Maria Carla Leoni, filha de Sueli e Umberto.
Embora tenha todos esses cuidados, e a dieta precise ser seguida para sempre, não há nenhum motivo para entrar em pânico. Um celíaco que segue o tratamento continuará saudável e sem grandes complicações.

O que não pode comer
* Trigo
* Centeio
* Cevada
* Malte
* Aveia
Todas as farinhas e alimentos que levam derivados desses cereais são proibidos. Pão comum, macarrão, granola e, para os adultos, bebidas como cerveja e uísque. Além disso, farinhas podem ser usadas na composição de remédios e corantes alimentícios.

O que pode comer
* Arroz
* Batata
* Milho
* Mandioca
Os derivados desses alimentos, como macarrão de arroz, polenta, bolo feito de fubá, fécula de batata, maisena e polvilho (como o pão de queijo).

GUIA PRÁTICO
Quais são os principais sintomas?

Diarreias que não se resolvem, pouco ganho ou perda de peso, dificuldade em ganhar estatura, barriga inchada, glúteos atrofiados, anemia. Também podem estar presentes a constipação (intestino preso), osteoporose, aftas e úlceras recorrentes na boca e problemas neurológicos, como autismo e epilepsia.

Com quantos anos ela se manifesta?
Varia muito, há pessoas que só manifestam a doença depois de adultas. Em crianças o mais comum é que se apresente até os 3 anos, depois da introdução de alimentos com glúten, como pão e macarrão, na dieta.

O que a doença faz com o organismo?
O organismo de um celíaco encara o glúten como um inimigo e produz anticorpos contra ele. A proteína, que deveria ser absorvida no intestino, acaba por danificar o intestino delgado e prejudica, então, a absorção de outros nutrientes, como o ferro. Por isso a dificuldade em ganhar peso e a anemia.

Que médico procurar?
Ao perceber algum dos sintomas, o primeiro passo é procurar o pediatra, mas não se deve retirar os alimentos com glúten até que seja confirmada a doença celíaca.

Como são os exames?
Primeiro é feito um exame de sangue. Com resultado positivo, deve-se procurar um gastroenterologista, que indicará a realização da biópsia do intestino delgado para confirmar.

Qual deve ser a manutenção?
Os profissionais adequados para companhar o celíaco são o gastroenterologista pediátrico ou clínico e o nutricionista.

Quais os cereais e derivados proibidos?
Trigo, centeio, cevada, malte e aveia. Todas as farinhas e alimentos que levam derivados desses cereais são proibidos.

Existe uma quantidade permitida de glúten?
Não. Embora cada organismo reaja de uma maneira, qualquer mínimo farelo de glúten pode fazer o celíaco passar mal.

Quem deve ser testado para a doença?
Os parentes de primeiro grau tem de 6% a 10% de chances de desenvolver a doença. Por isso, pais, irmãos e filhos devem ser testados, para indicar a predisposição genética e avaliar a necessidade de acompanhamento de cada um, já que a doença pode ser silenciosa e aparecer em qualquer fase da vida. Outros grupos de risco para desenvolverem a doença celíaca são aqueles que apresentam síndrome de Down, síndrome de Turner e doenças auto-imunes.

Há riscos maiores para os celíacos de ter alguma outra doença?
Quando não seguem a dieta corretamente, os celíacos têm mais riscos de desenvolver câncer no intestino, osteoporose, doenças autoimunes, problemas de tireoide e, já na fase adulta, abortos de repetição e esterilidade.

Onde encontro produtos especiais?
Nas lojas de produtos naturais.


Confira algumas receitas sem glúten:

TORTA SALGADA
Ingredientes:
5 ovos
1 ½ xícara (chá) de óleo
½ xícara (chá) de leite
100grs. de queijo ralado
2 xícaras( chá) de creme de arroz ou farinha preparada
1 ½ colher ( sopa) de fermento
Modo de preparo:
Bater tudo no liquidificador e colocar metade da massa na assadeira untada e polvilhada. Colocar o recheio à gosto : frango com requeijão, atum, sardinha, queijo e presunto picadinho, etc. Na massa restante acrescentar 1 ovo e 50 grs. de queijo ralado. Bater e despejar por cima do recheio. Assar em forno quente.


COCADINHA DA VOVÓ
Ingredientes:
1 prato cheio de coco ( natural ) ralado;
1 lata de leite condensado;
1 lata ( use como medida a lata de leite condensado ) de açúcar;
1 colher ( de sopa ) de margarina, para untar;
Modo de preparo:
Coloque todos os ingredientes ( menos a margarina ) em uma panela e leve ao fogo. Mexa sem parar até desgrudar totalmente da panela. Untar com a manteiga uma assadeira ou mesmo a pia da cozinha (se for de mármore), despeje a cocada e deixe esfriar. Corte-as em forma de losango.


BOLO DE FÉCULA DE BATATA
Ingredientes:
7 a 8 ovos;
2 copos ( requeijão ) de açúcar;
1 caixa ( 200 grs. ) de fécula de batata;
Raspas de limão;
Modo de preparo:
Bater as claras em neve e reservar. Colocar as gemas na batedeira e bater bem, acrescentar o açúcar, e continuar batendo até ficar esbranquiçada. Continue batendo e vá despejando a fécula com o uso de uma peneira, e depois as raspas de limão. Agora com uma colher de pau, misture delicadamente as claras em neve. Despeje uma camada em forma alta e grande, pois, quantos mais ovos usar mais o bolo crescerá. Recheie a gosto. Complete com outra camada. Este bolo não leva fermento em pó.

PIZZA DE LIQUIDIFICADOR 2
Ingredientes:
1 ovo
1 xícara (chá) de óleo de girassol
2 xícaras (chá) de maisena
1 xícara (chá) de farinha de mandioca crua
1 ½ ou 2 xícaras (chá) de leite
1 colher (sopa) de fermento em pó
sal à gosto
Modo de preparo:
Bater tudo no liquidificador e assar em forma untada e polvilhada.

PÃO COM LIGA NEUTRA - "PÃO DA MARIA"
Ingredientes:
2 xícaras (chá) de creme de arroz
1 xícara ( chá) polvilho doce
1 colher (sopa) de açúcar
1 colher (chá)de chá de sal
1 colher (sopa) de fermento para pão (fermento seco)
3 colheres de ( chá) Liga neutra (liga de sorvete)
1 ovo
1 colher ( chá) de vinagre
2 colheres (sopa) de margarina
1 1/2 xícara(chá) de leite
Modo de preparo:
Misture o creme de arroz, polvilho doce, açúcar, sal, fermento e a liga neutra. Acrescente o ovo e o vinagre e reserve.
Derreter a manteiga (ou margarina) em 1/2 xícara de leite de leite, acrescentar mais 1 xícara de leite e deixar amornar.
Despeje o leite com a manteiga sobre os ingredientes secos e bata bem até formar bolhas. Se necessário adicione mais leite até ficar uma massa mole.
Experimente para verificar o sal e o açúcar.
Despejar em uma forma de pão caseiro (bolo inglês) de 24 X 10 cm, ou em forminhas, caso queira fazer pãezinhos. Estas devem estar untadas e enfarinhadas (utilize apenas as farinhas permitidas).
Em seguida pincele com óleo e gema, cubra com um pano e aguarde a massa crescer até dobrar de volume (30 ou 40 minutos). Leve para assar em forno pré aquecido até ficar dourado. Obs: O Óleo não deixa o pão ficar cascudo.
Você encontra a liga neutra em lojas de produtos para sorveteria, e pode utilizar esta massa para fazer pizzas, esfiha aberta e pão recheado.

. Se acrescentarmos muito sal a uma massa que utiliza fermento, esta não cresce.
. Quando se coloca pouco sal na massa, o pão fica esfarelento e sem gosto.
. O açúcar ajuda a deixar o pão mais coradinho - cuidado para não deixar muito doce.


Fonte: ACELBRA